A estimativa do orçamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2026 é de R$ 52,6 bilhões, ( 11,1% superior ao de 2025), a serem distribuídos entre os nove estados da região e, ainda, com Minas Gerais e Espírito Santo, que também são assistidos pelo Fundo. Deste montante, R$ 3,3 bilhões serão destinados à Paraíba, segundo informação divulgada pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste Sudene), que ao longo deste mês de setembro realiza reuniões setoriais com os estados da área de atuação da autarquia. O objetivo é o de escutar sugestões e planejar ações conjuntas que contribuam para o alcance das metas estabelecidas para o próximo ano.
Na divisão dos R$ 52,6 bilhões do FNE por estado, a Bahia ficou com R$ 11,1 bilhões, vindo na sequência Ceará (R$ 7 bilhões), Pernambuco (R$ 6,27 bilhões), Maranhão (R$ 5,5 bilhões), Piauí, (R$ 5,2 bilhões), Rio Grande do Norte (R$ 3,7 bilhões), Paraíba (R$ 3,3 bilhões), Minas Gerais (R$ 3,2 bilhões), Alagoas (R$ 2,8 bilhões), Sergipe (R$ 2,7 bilhões) e Espírito Santo (R$ 1,3 bilhão).
O processo de escuta, iniciado este mês, segue até dezembro, quando as propostas serão analisadas pelo Conselho Deliberativo da Autarquia. A direção da gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene destacou que o diálogo para implementar melhorias e aperfeiçoar o papel do FNE se torna importante porque o orçamento cresce ano a ano. Dois anos atrás o Fundo contava com cerca de R$ 23 bilhões e agora a previsão para 2026 é de R$ 52,6 bilhões
De acordo com a Sudene, estão na lista de prioridades do Fundo para 2026 a agricultura familiar e agroindústria; energias renováveis; indústria de transformação e inovação; infraestrutura; serviços digitais e tecnológicos; saúde, educação e assistência social; turismo, cultura e economia criativa; além dos projetos estratégicos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), elaborado pela Sudene.
A programação do FNE para o próximo ano também prevê a ampliação do acesso de associações e cooperativas ao microcrédito e terão tratamento diferenciado os pequenos produtores e as microempresas, priorizando atividades da economia criativa e apoio a arranjos produtivos locais. Quanto às prioridades espaciais, o foco é para os municípios de baixa renda e regiões específicas, como o semiárido e áreas de influência de projetos de integração.