O governo peruano decretou estado de emergência em Lima e na província de Callao para combater o crime organizado e conter a crescente onda de violência em ambas as regiões. O primeiro-ministro Gustavo Adrianzén divulgou a medida após a execução a tiros do cantor Paul Flores, do grupo Armonía, quando saía de um show nos arredores da capital peruana. O artista estava com outros integrantes da banda e familiares em um ônibus. Gangues ameaçaram o grupo musical e exigiam o pagamento de até 20 mil soles (cerca de R$ 30 mil) para manter suas apresentações, afirmaram integrantes da banda ouvidos pela Polícia Nacional Peruana.
Autoridades do país andino informaram que algo próximo de 28% da população urbana do Peru com 15 anos ou mais foram vítimas de um crime entre janeiro e junho de 2024. No ano passado foram registradas cerca de 18 mil denúncias de extorsão em todo o país, número que representa alta de 300% na comparação com os 4.500 casos documentados em 2021.
“Desejo expressar minhas mais profundas condolências à família, colegas e amigos de Paul Flores, ‘El Ruso’, que faleceu. Garanto-lhes que este crime reprovável não ficará impune. “Após reunião realizada no Palácio do Governo, foi decidido que será declarado estado de emergência em toda a província de Lima e na Província Constitucional de Callao, com o envio de tropas de nossas Forças Armadas em apoio à Polícia Nacional”, continuou o ministro.
“Da mesma forma, ficou acertado que a reunião do Conselho Nacional de Segurança Cidadã (CONASEC), prevista para o dia 28 deste mês, será realizada no Palácio do Governo nesta terça-feira, dia 18, às 10h. Por fim, está prevista uma reforma abrangente do sistema prisional. Na luta contra o crime organizado, todos os peruanos devem permanecer unidos, superando todas as nossas diferenças de qualquer tipo”.
Fonte: 247
